terça-feira, janeiro 27, 2009

Acaso


Por um olhar, por um sorriso, por uma noite, por uma dança.


Acaso.
Anonimato.
Aparente esquecimento.
Acaso outra vez.
Vêm…


Palavras, sonhos, rumos, estrelas, bússolas, neve. Neve branca como eu ou tu. Bússolas para o mesmo norte. Estrelas para o brilho permanecer. Rumos de acaso. Sonhos de amanhecer. E. Palavras, tantas palavras, tantas que me dão mestria e significado a estes dias.


Nada é efémero quando é possível parar o tempo e lembrar e não esquecer do vivido e do sonhado. Nada é efémero quando eu existo e sinto que alguém também existe. Nada se perde também, apenas nos moldamos continuamente. E somos moldados. Não somos esquecidos, somos queridos por um alguém. E é este “querer” que permite sorrisos simbólicos e desejados e olhares que falam mesmo havendo aquele ou outro silêncio.

Às vezes não precisamos perceber; às vezes, basta sentir e navegar no mesmo “calmo mar”.
Catarina

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Indefinição infinita


Não ter voz e por isso tocar. quase como o vento, levemente. As mãos suaves trazem as melodias do que se quer escutar e a porta abre-se e o som ecoa por todo o espaço. O gelo parte e um êxtase existe. Querer que a melodia fosse infinita, que o som perdurasse o tempo de uma vida inteira e mais do que isso que alguém ousasse esperar pela última pauta de notas. Querer isto e nada mais. a felicidade, a entropia inexistente. Querer que me possas ensinar a tua música, o teu olhar esbranquiçado e a tua apaixonante forma de ser. Querer tanto e saber que este querer não vai bastar. Nunca bastou. Basta.


Catarina


P.S. Apetece-me fechar todo o céu em mim...