quarta-feira, março 18, 2009

Voo de distância



Antes a história era assim:
Era uma vez…


…Um pássaro…

Um pássaro sem medo do vento, do sol, da noite, da chuva. Um pássaro tranquilo e ao mesmo tempo tão preocupado em fazer a sua rota. Um pássaro que pára para descansar e encantar pela sua voz. Um pássaro ousado pela vida.


...Um canto…Um canto que uma noite surgiu do absoluto. Um canto que transparece em palavras e em imaginações. Um canto com alma e essência capaz de saber sorrir e segredar segredos sem fim. Um canto afinado e vivo.


...Um voo... Um voo minucioso, colorido, especial. Um voo aliado a asas de algodão em busca de um castelo longínquo. Um voo com vontade de voar mais e mais, sem olhar para trás e sem pensar nos condicionalismos que há. Um voo autêntico de uma ave rara.


Agora a história é assim:


Era uma vez estes pensamentos e era uma vez em que estes pensamentos se tornaram irrisórios ao ponto de eu deixar de acreditar neles. Era uma vez o pássaro que voou por querer voar sem saber cantar um canto de explicação. Era uma vez um voo de distância. Era uma vez um aproximar exigente. Era uma vez um sonho meu.