quarta-feira, agosto 29, 2007

Vontade


Não basta pegar numa folha e numa caneta para escrever. Não basta pegar num carro e num mapa para sair. Não basta pegar num livro e num marcador para ler. Para que baste é preciso vontade. Sim, vontade! Aquele fragmento que existe em nós, mas que em dadas alturas não se manifesta. Sim, não se manifesta! Depois acontece algo, como um sonho, uma visita, uma palavra, um sorriso, e ela volta. Sim, volta! De um momento para o outro sentimos vontade de escrever para reflectir, de sair para espairecer, de ler para sonhar. Num segundo a vontade renasce. Sim, renasce! E nós ficamos dispostos a fazer isto ou aquilo, a dizer aquilo ou isto. A verdade é que a vontade é imortal, uns dias morre como se não tivesse vivido e outros nasce como se não tivesse morrido. E nós é que permitimos este viver e morrer, porque cada um de nós é ser de vontade! Sim, de vontade!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Por vezes,


Por vezes, temos medo de deixar outros entrarem no nosso mundo, porque achamos que ele é demasiado precioso para o partilhar com alguém e também porque achamos que os outros podem não gostar do que vão encontrar. A verdade é que no mundo, que só a nós nos pertence, existem muitas caixinhas repletas de surpresas. Estas podem ser más quando, por exemplo, nos deparamos com os defeitos dos outros ou muito boas. E as coisas boas aparecem quando menos esperamos (porque no dia em que esperámos o seu aparecimento, elas não apareceram).

Por vezes, descobrimos que atrás de um sorriso obrigatório há um sorriso sincero e bonito e que atrás de um olhar cansado há um olhar puro que reflecte toda a transparência de um ser. E isto, considero eu, uma surpresa boa.

Por vezes, basta abrir um bocadinho a tampa da caixa para que saia o que de melhor há em nós. E assim marcamos os outros, deixamos marcas que nem o mar ousa apagar. Somos um conjunto de caixas e caixinhas que nos caracterizam em momentos!

E agora não tenhas medo! Abre a caixa que melhor se adequa! Tu tens valor!

Descobre-te a ti e aos outros!

segunda-feira, agosto 13, 2007

V de vitória


Quando tudo parece estar a correr bem, acontece algo. Um acontecimento pode mudar tudo, até mesmo aquilo que sentes. Podes achar que tudo o que disseste foi em vão, mas essas palavras fazem parte de um passado onde os bons momentos ficam guardados. Podes achar ainda que a vida te tramou, mas não é verdade. O que é verdade é que o que aconteceu te fez aprender e perceber como algumas pessoas são verdadeiramente. E a vida é isto: um jogo onde se aprende, ganha e perde. Há que saber saborear a derrota e também saber fazer um "V" de vitória! Não fiques triste, não vale a pena. O que aconteceu tem uma explicação; podes não saber agora interpretá-la, mas um dia saberás o porquê das coisas. Sente-te livre do passado, abre um novo capítulo e projecta-te no futuro. Um dia serás feliz!


P.S. *As pessoas não nos desiludem, nós é que nos iludimos; olhamos para elas de uma maneira diferente do que elas são na realidade!
*Imagem do filme "Step up".

segunda-feira, agosto 06, 2007

À procura de mim


Navego nos leitos do rio do sonho
E nada encontro.
Remo, remo, e continuo a remar
Mas para quê tanto esforço?
Já nem sei de onde vem esta força
Força que me invade a alma, o coração.
Talvez venha de Deus, ou de mim mesma!
Não sei... Já nada sei...
Sei que me procuro,
Que me escondo,
Sei que já não sei mais quem sou...
Para vós sou a mesma
Mas eu mudei, acreditem que mudei!
E é no reflexo deste rio
Que eu vejo a minha transparência.


Escrevi este poema há dois anos. Os sentimentos expressos mudaram. Ainda ando à procura de mim e andarei, porque hoje sei que me quero descobrir em plenitude. Será possível? Quem sabe... Tentarei!