segunda-feira, julho 29, 2013

Era assim que queria ir

Era assim que queria ir. Com uma mochila às costas e ir. Não ter medo do tempo e ser contemporânea em todos os momentos. Caminhar, caminhar, caminhar. Até sentir que estás lá também. No caminho. Não à minha espera, mas à tua.

É um dos meus sonhos. Percorrer toda aquela muralha e encontrar-te no meio, por acaso, no acaso dos deuses. Fechar os olhos e ter a certeza que sim, que o vento me leva ao leme.

Serei eu a mulher do leme, que frágil faz dos braços fortes a força de não desistir. Navegar, navegar, navegar. Até sentir que o mar alto é calmo quando me lembro do sonho que está por viver.

É um dos meus sonhos. Parar a cada tempo, enroscar-me no cachecol e escrever cada página daquele caderno com a letra leve do céu. São palavras bonitas, acredita. E se, realmente, te encontrar por lá, deixo-te ler o que escrevi e leio-te em voz alta cada palavra que trago aqui, comigo, à minha espera.


É a hora. Já parti. A mochila vai com o essencial do Exupéry. Se não nos virmos por lá, os deuses não existem e prossigo sozinha o sonho que há-de vir.