Ver-se a si próprio é dor, mais do que a do amor.
Partem-se todos os espelhos para se deixar de ver. Arranca-se de dentro tudo o que corrói. Dói. Mas como qualquer dor difícil, também esta se perde. E então, teremos coragem de voltar a olhar olhos nos olhos o nosso interior. Sem mágoa e com a nudez própria de uma recomposição. Livres, outra vez, e músicas e silêncio presentes.
Há sempre um campo a voltar, um laço a perdurar. Por mais tempo que o relógio conte, o tempo pára quando a pilha enfraquece, mas nem sempre se consegue ouvir este silêncio.
P.S. *Hoje o silêncio é este: http://www.youtube.com/watch?v=PYhG8DAFf1c&feature=related