quinta-feira, janeiro 08, 2009

Indefinição infinita


Não ter voz e por isso tocar. quase como o vento, levemente. As mãos suaves trazem as melodias do que se quer escutar e a porta abre-se e o som ecoa por todo o espaço. O gelo parte e um êxtase existe. Querer que a melodia fosse infinita, que o som perdurasse o tempo de uma vida inteira e mais do que isso que alguém ousasse esperar pela última pauta de notas. Querer isto e nada mais. a felicidade, a entropia inexistente. Querer que me possas ensinar a tua música, o teu olhar esbranquiçado e a tua apaixonante forma de ser. Querer tanto e saber que este querer não vai bastar. Nunca bastou. Basta.


Catarina


P.S. Apetece-me fechar todo o céu em mim...


3 comentários:

Anónimo disse...

achas mesmo que gostarias de fechar todo o ceu em ti? ter toda a felicidade? aprender a musica de um alguem que consideras 'apaixonante'?

as vezes um 'basta' não basta para parar de sonhar, de escalar uma felicidade aparente, muitas vezes destruida por uma mentira, uma ilusão, um sonho desfeito...e o que sobra?

uma lágrima, e um 'basta'...

as vezes tenho saudades do sorriso dos outros qd veem o meu sorriso...as vezes tenho saudade do passado...as vezes acho que apenas o hoje pode ser perfeito se deixar de acreditar que acreditar é possivel!=)

as vezes é preciso dizer o quanto uma pessoa foi ou é importante para nós... O futuro não podemos advinhar, mas gostei muito de ti| foste bastante importante nas minhas quedas aparentes, foste uma das que ficaste ao meu lado as vezes a limpar me as lagrimas...foste daquelas que me fazias sorrir tantas mas tantas vezes...=)
obrigado por tudo cat=)
bj da pulguita

Anónimo disse...

Cara pulguita,

Bem sabes que para mim é difícil dizer, falar o tudo o que sinto a quem quero que sinta... Aparentemente gosto de viver nesta minha condição de mera observadora de Platão e sentir tudo de todas as maneiras apenas para mim. Não sei se egoísmo, se medo, se condição.

As vezes penso que tudo tem um sentido, mas outras vezes penso que nada tem sentido e que eu faço parte deste "sem sentido"... E talvez nestas alturas gostasse de gritar, gritar, gritar e fazer-me ouvir... Mas não me quero cansar...

Vivo para mim e dou um pouco do que tenho meu aos outros. Sei que é pouco, mas penso que é o suficiente e o essencial para se lembrarem do sorriso da Catarina e da sua "intelectualidade" =)

Lembra-te que um poeta é um fingidor, as coisas mais belas para ele não são ditas, são antes guaradas no seu íntimo, porque são demasiado belas para serem partiladas com quem não sabe escutar a mesma música.

Com saudade,
Um beijo da eterna Cat =)

A Esquecida disse...

Tens razao... O unico problema é o amor nao retribuido aquele que damos com todo o carinho e se perde na imensidao... mas a culpa nao é da outra pessoa, a culpa é nossa, pois fomos nós que escolhems o destino do nosso amor... ou nao...
Nao achas que deve ser frustrante termos que ser felizes com nos mesmos? Pensamos assim... há tanta gente neste planeta.. Sera que nao ha ninguem que me acompanhe e que fique para a eternidade?
.. Custa pensar isto...