Hoje há assim esta pequenina longitude entre nós. Sabes, por acaso, a quantas horas de pensamento estamos distantes? As mesmas que existem numa imortalização de braços abertos, numa penumbra que tende para infinito. São, na verdade, uma inequação demasiado complexa que tenho andado a tentar resolver. Cálculos, mais cálculos e horas de vida passadas a olhar para incógnitas, como se elas pudessem ganhar vida ou cor com o meu olhar. Há sempre uma relação de causalidade entre as variáveis. Talvez entre “x” e o “y” seja mútua. Ainda não consegui chegar à demonstração de resultados. Reformulo a inequação e continuo a tentar. Vou-me cansar deste problema e vou guardá-lo no caderno dos “problemas ainda por resolver”. Vou dormir e sonhar com a resolução. Se ela existir e não for imaginária, acordarei de noite num ímpeto alegre e chegarei à conclusão que o resultado não é um número, mas uma palavra.
P.S. Porque há sempre tantas letras no meio de tantos números... e eu gosto destas matemáticas.