domingo, julho 17, 2011

um


Quis ser imprevisível e quis ser eu a fazer surpresa no primeiro momento. Acabei por sorrir muito de forma tímida com as palavras que lia e que contavam o tempo até aos meus passos se ouvirem. Depois, veio um envelope envolto em segredos que de alguma forma previam o futuro, como se as palavras pudessem ser adivinhas. Eram pequenos pedaços de mim e que te oferecia ali para guardares bem em ti. O vento começou a sentir-se em cada poro de pele e era preciso um pouco de calor. A lua nascia e sorria para nós como uma pintura no céu. Um céu azul com uma esfera brilhante onde se via o lado visível da lua com mares de imaginação. Ficou bem como foto. Estava frio outra vez e eu adivinhei o teu pensamento não por magia. Primeiro eram dois sofás, depois um. E é o número um que marca o início de criatividade, de conversas, de óculos pousados numa mesa, de mãos entrelaçadas, de toques de contiguidade e de beijos com pequenos sorrisos. Guardámos outra foto. A noite acabou com saudades e o dia trouxe pedido de histórias. Conta-me histórias, foi o pedido. Um dia iremos encontrar o tesouro que existe no fim de um arco-irís e iremos inventar uma nova constelação, com aquela forma e com aquele sorriso. E a finitude deste universo tenderia, aí e para sempre, para mais infinito.

Ss + oo.

1 comentário:

Longe do Mundo... disse...

Deixa-te viciar mas nunca em excesso. Protege o teu 'eu' como algo sagrado e assim saberás ser feliz :)