sábado, setembro 24, 2011

o que se pensa


Há sempre noites em que gostava de escrever mais sobre o que vai em mim. Sobretudo sobre o que penso. Acabo por não fazê-lo. Às vezes magoa pensar de mais. E cada vez que escrevo penso muito. Na efemeridade desta existência e das partes que morrem em nós bem antes de partirmos para uma eternidade que teima em ser um conceito abstracto. No Amor que é preciso dar. No Amor que é preciso receber. Nos pólos magnéticos que cada um de nós é. A atrair os diferentes e a repelir quando se é igual. Na estranheza de quem desiste e chora. Na similaridade de quem arrisca e sorri. Penso nisto tudo e volto a pensar. No porquê de ser assim. Nos sinais que teimo em adivinhar e que já não existem. No que me leva até a Sol e me faz cegar. No que me leva até ao Céu e me faz sonhar. Chego sempre à mesma conclusão. Não sei nunca definir nada e por mais que treine vou ser sempre assim. Ambivalente em tudo: perto, longe e princípio, fim. E se for para sempre este o ciclo? Por mais que eu não queira. Por mais que eu sempre tenha sonhado com laços como os da história que só em grande a soube ler.

E se eu simplesmente estava a tentar escrever sobre perdas que fazem parte de mundos a cores reais, um dia quando os pólos magnéticos se inventarem sem partir, eu sei que aí já não saberei mais pensar. Mas, saberei sempre sorrir para a pequenina que é tão grande e que me faz acreditar que ainda consigo ser uma criança.

P.S. Há sempre boas descobertas como esta: http://www.youtube.com/watch?v=T0yaQ20dpWI&feature=related

1 comentário:

Longe do Mundo... disse...

Há noites em que eu simplesmente não gostava de existir. Outras ainda em que eu gostaria de ter dito mais, de ter sido mais.
Queremos e pudemos ser mais mas muito mais.