É o perto e o longe. Os sonhos que dizem sim. As realidades
que dizem não. O meio que fica por acabar. As saudades das viagens à procura do
espaço, a esquecer os costumes. O direito da vida, da felicidade. O primordial
artigo que falta, que me escapa em cada gole de respiração. O tempo que passa,
passa, passa e deixa os pés frios. Para que não se possa andar. Para que a imobilização
seja para sempre.
É o eu e o tu. Os caminhos que são paralelas. A neve que cai
e me procura, o sol que brilha e te afasta. Leve, como a brisa, deves ser. Desapareces
num rompante sem antes ter tempo de sorrir. E a cara séria volta. E as mãos
vagueiam pelo ar. Os pulmões suspiram. Anseiam por parar de novo a respiração.
Mesmo com os pés frios, mesmo com as mãos a vaguear, o
coração continua.
A bombear os mesmos sonhos de outrora.
P.S. Ouvir ao vivo tem outro sabor, mas não deixa de ser bom.https://www.youtube.com/watch?v=-_2HyXODMg0
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