
Não basta pegar numa folha e numa caneta para escrever. Não basta pegar num carro e num mapa para sair. Não basta pegar num livro e num marcador para ler. Para que baste é preciso vontade. Sim, vontade! Aquele fragmento que existe em nós, mas que em dadas alturas não se manifesta. Sim, não se manifesta! Depois acontece algo, como um sonho, uma visita, uma palavra, um sorriso, e ela volta. Sim, volta! De um momento para o outro sentimos vontade de escrever para reflectir, de sair para espairecer, de ler para sonhar. Num segundo a vontade renasce. Sim, renasce! E nós ficamos dispostos a fazer isto ou aquilo, a dizer aquilo ou isto. A verdade é que a vontade é imortal, uns dias morre como se não tivesse vivido e outros nasce como se não tivesse morrido. E nós é que permitimos este viver e morrer, porque cada um de nós é ser de vontade! Sim, de vontade!