quinta-feira, janeiro 17, 2008

Espero por tanto



No meu monólogo não encontro as respostas que quero ouvir, porque eu não tenho as palavras, os gestos, a voz, o coração. Falta-me um pedaço, um pedaço que me faz falta e que me fugiu quando não o tinha nas mãos. Fugiu porque eu quis e eu deixei. Não por cobardia, mais por querer. É tão complicado. É como que existisse um íman que atrai e não atrai. Umas vezes sou atraída para o fragmento outras há que sinto uma enorme repulsão. E depois vem o monólogo sem frases. Só comigo, só eu. Eu sozinha a inventar histórias com olhares comprometidos e suaves. Mas, onde está tudo o que sempre quis ver, ouvir, sentir. Onde existe? Falta-me um pedaço. O pedaço. Aquele pedaço que partiu quando eu não tinha ainda coragem para saber que tê-lo era precioso e que não tê-lo era... era cinzento. E agora, neste impasse, espero por diálogos que não sejam silenciosos. Espero por tanto. E enquanto espero, falo com os meus olhos; eles dizem tanto. Dizem mais que as palavras mudas e que a própria razão. Falo também com os sorrisos nesta demora que tem fim no dia em se quebrar o silêncio como quem quebra um abraço. Espero por tanto...

2 comentários:

pulguita disse...

esperas por akilo q talvez ja tiveste mas k nao quiseste ter...por secalhar nao era a altura que tinhas de ter isso...agora que sabes e valorizaste isso..nao esperes...é o momento de lutar...e mesmo que a tua luta seja em vao...de uma coisa podes sempre orgulhar-te...tentaste e lutaste pelo que desejaste!!

jokas=)

Anónimo disse...

Tenho um carinho especial por este...