Mãe, tenho
saudades do que não fomos. Das conversas que não tivemos, das palavras que não
dissemos, das brincadeiras que não fizemos, das gargalhadas que não demos.
Mãe, tenho
saudades do que não foste. Das histórias que não me contaste, dos medos que me
detiveste, das flores que não me deste.
Mãe, tenho
saudades do que não fui. Dos sonhos que não te mostrei, dos beijinhos que não
te dei.
Agora,
queria zangar-me contigo e perguntar-te por que é que somos assim. Agora queria
dizer isto tudo com os olhos de lágrimas e com um sorriso de bem-te-querer. Não
me posso esquecer que a nossa ligação é umbilical e por mais voltas que dermos
vamos gostar sempre uma da outra. As saudades serão sempre grandes, mas
lembrar-te e tu lembrares-me será saudade do que chegámos a ser.
Um amor
como este é para sempre. E sabes? O sempre é muito tempo. Eternidade.
Para ti, Mãe.
Catita
1 comentário:
Gostei bastante!
A mãe chorou. Mas não sei quem chorou mais? Tu? A mãe? Ou quem lê?
Sê eterna no presente.
Bj
O Caminhante
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