Somos feitos para ser com os outros. Não sozinhos.
Acompanhados com. Querer conhecer os outros um pouco mais. Querer partilhar um
pouco mais do que somos. Na verdade. Sem máscaras.
Nunca nos conhecemos na plenitude. “Viajar” ajuda. Quando se
faz um percurso do que já passou, das “sortes e dos azares”… enfim, da vida que
nos faz ser.
Amar é isto. É querer ir. Ir sem saber o que se vai
encontrar escondido no recôndito de uma alma humana, como a nossa. Com tanta
fragilidade, com tanto medo, com tantos sentidos. Ir com a certeza de que é bom
partilhar, mesmo que doa e que essa seja a “dor do coração”. Poucos há os que a
sentem. Ou porque não querem que se vá a fundo no descobrimento dos pedaços ou
porque simplesmente ainda não foi a hora.
Os primeiros são os que preferem a ausência de luz. Ficar
ali pela vista de lustro de fora. Dá trabalho, é exigente ir ao cerne, ao
nosso, ao meu, ao teu.
Só há almas escuras se não te predispuseres a acreditar que
podes ser uma luz. Cada vez que há um raio, conhecemo-nos melhor. Às vezes fica
claro demais e a nossa verdade confunde-se com ódio. Parece mais fácil ficar na
escuridão. Mas, sabes, no fundo temos tanto, tanto e somos tanto, tanto, que
guardar isto apenas para nós é um egoísmo ricardiano.
Amar é isto. É querer ser luz e é gostar de ser claro.
2 comentários:
Amar, é mesmo, isto :)
porque há músicas que nos encontram por acaso assim como estes posts :)
http://www.youtube.com/watch?v=pnR_q0N3Drk
(Se não há nada porque todos temem perder(...) Quem é você?...)
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