Nascemos pelo simples ato de alguém ser amor. Perpetuamo-nos
no tempo e adormecemos. Na manhã seguinte, somos nós a nascer de novo. Espreguiçamo-nos
e olhamo-nos. Há dias de luz, outros de escuro. O espelho reinventa connosco o
nosso rosto. Todos os dias nos vê diferentes.
É um ser inanimado que apenas nos mostra o que queremos ver.
E quem vê mesmo de verdade, sabe e sente que nascer é muito mais do que o nosso
dia de anos.
Nesse dia, ficámos feitos de pós celestiais de uma supernova.
Nascemos com a explosão de estrelas e logo em breve morremos na invisibilidade
das partículas. Nasceremos de novo com outra explosão até perdermos de novo a
luz.
Neste zig-zag do nascer percebe-se claramente que tem que
haver uma fonte de energia. Será o sol? A lua? O vento? A maré?
Será esta última desconstruída. “Amare”, como se lê. Amar,
como se escrever. O nosso início foi feito disto. E se nascemos de novo é
porque amamos coisas na vida, coisas que cada um sabe e sente.
Nascer é muito mais do que o nosso dia de anos.
P.S. Esta fala-nos de como nascemos, dos pós celestiais que temos: https://www.youtube.com/watch?v=iQJ6hjJtf6Q
1 comentário:
Gosto deste universo que nos faz percorrer caminhos de mercúrio a plutão, para acabarmos apenas ao lado de uma estrela que nos ilumine e faça renascer :) assim como que por tropeço enche-nos de luz
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