terça-feira, maio 13, 2014

Nascer é muito mais

Nascemos pelo simples ato de alguém ser amor. Perpetuamo-nos no tempo e adormecemos. Na manhã seguinte, somos nós a nascer de novo. Espreguiçamo-nos e olhamo-nos. Há dias de luz, outros de escuro. O espelho reinventa connosco o nosso rosto. Todos os dias nos vê diferentes.

É um ser inanimado que apenas nos mostra o que queremos ver. E quem vê mesmo de verdade, sabe e sente que nascer é muito mais do que o nosso dia de anos.

Nesse dia, ficámos feitos de pós celestiais de uma supernova. Nascemos com a explosão de estrelas e logo em breve morremos na invisibilidade das partículas. Nasceremos de novo com outra explosão até perdermos de novo a luz.

Neste zig-zag do nascer percebe-se claramente que tem que haver uma fonte de energia. Será o sol? A lua? O vento? A maré?

Será esta última desconstruída. “Amare”, como se lê. Amar, como se escrever. O nosso início foi feito disto. E se nascemos de novo é porque amamos coisas na vida, coisas que cada um sabe e sente.


Nascer é muito mais do que o nosso dia de anos.

P.S. Esta fala-nos de como nascemos, dos pós celestiais que temos: https://www.youtube.com/watch?v=iQJ6hjJtf6Q

1 comentário:

ser.so.ser disse...

Gosto deste universo que nos faz percorrer caminhos de mercúrio a plutão, para acabarmos apenas ao lado de uma estrela que nos ilumine e faça renascer :) assim como que por tropeço enche-nos de luz