quarta-feira, setembro 03, 2014

Um teste

O tempo é isto. Uma sequência de imposições. Dos outros e tuas. Imposições sem liberdade. Cada vez os graus ficam menores. Por mais que não queiras ser do padrão, há o modelo. O melhor modelo de entre alguns. O modelo que os números dizem que é esse que se adequa (a ti?). 

Mas, e se… ? (interrompem os sonhos)

Não podes perguntar.

Mas, eu quero perguntar.

Quero inventar um novo teste que me faça sempre rejeitar todos os modelos. Todos os modelos que idealizam para mim. Todos os modelos que idealizo para mim.

Quero. Apenas. O simples. Apenas. O fecundo. Apenas. A paz. Apenas.


Quero. A mim. Própria. Sem floreados. Com as asas de uma andorinha que migra. 



P.S. *Quero acreditar que os que partem para se tornar estrelas o fazem para iluminar os que continuam, num altruísmo puro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vivo numa incerteza de querer ser parte de um padrão ou modelo único de mim própria. Na minha cabeça um significa ser social, o outro só.
Faço esses testes com números à espera que me dêm um rumo. Mas de que serve obter um número que me emprisionará a personalidade?
No final é a falta de tempo que decide. Deixo de pensar nisto. Depois em nada.
Será apaziguador?

Catarina disse...

A minha existência também tem essa dicotomia. É apaziguador quando nos sentimos bem com a dualidade. O mundo das pessoas precisa dessa parte do padrão, mas podemos sempre "sociais" estando fora do padrão. Gosto de construir o meu próprio modelo e gosto de ser só e de pensar na falta de tempo para sê-lo.

:)