terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ver que nunca percebo


Não ter forma para ser, mas ser.
Ser um pássaro que canta
Canta uma melodia que me faz fechar os olhos

Fechar os olhos para descansar, não eternamente,
Descansar o suficiente para poder ouvir o canto mais uma vez e ter vontade de fechar o olhar.
Este olhar que me acompanha

Acompanha em todos os pedaços de tempo
Como as minhas companheiras de guerra.
Esta guerra que se acalma mais e mais,

Apazigua-se à tua passagem.
A tua passagem que cruza a minha quando eu ainda,

Ainda,

Não fechei os olhos.

Estão abertos
Abertos a tudo e à tua passagem,

Porque preciso de ver
Ver que nunca percebo.

Tenho dito.

3 comentários:

Anónimo disse...

Off-topic:
Agora que (re)visito o teu blog, sei porque nunca comentei o que quer que fosse. Simplesmente porque não sei comentar o que escreves. Sou frio de pensamentos, e mau a descrever emoções, contudo noto que tu o fazes de forma inata.
Gostei do que li, e isso basta para mim. Para ti também?

Beijo*

Catarina disse...

Basta também :)

Obrigada pelas palavras*

Anónimo disse...

Subscrevo o que disse o Mário Lopes, as palavras dele descrevem exactamente o que se passa também comigo. Depois de ler um post teu é difiçil dizer alguma que acrescente aquilo que já escreveste.

Beijo.