sábado, dezembro 29, 2012
Cor-a-gem
domingo, dezembro 23, 2012
Poupança Imaterial
sábado, outubro 27, 2012
Enquanto não há amanhã
sábado, setembro 15, 2012
Explicação
segunda-feira, setembro 03, 2012
São as horas que nos separam
terça-feira, agosto 21, 2012
Sombras II
quinta-feira, julho 12, 2012
Invisibilidade do tempo
sexta-feira, junho 08, 2012
O dia não é agora
segunda-feira, maio 21, 2012
Sombra lado-a-lado
Eis um poema, a duas, de um sonho que tarda num por-do-sol que ainda não se ouviu.
Sabes que aqui estou.
Em bicos dos pés para que não oiças.
Sussurra aquilo que não quero ouvir.
E não me vejas.
Não queiras ser o que não és.
Sê a descoberta dos sentidos dos meus pés, dos silêncios das minhas palavras.
Fica forte, forte e inteiro, sê em mais além.
E vê a minha sombra que sempre te acompanha.
Num pasodoble a um dramatizado.
Num tango a uma valsa.
Em movimentos rotatórios do sol que me cria, a mim, sombra de mim.
Para no fim, no Sol-por, cairmos de braços abraçados, com a certeza que sempre nos vimos.
P.S. A música de fundo é a história do Homem: http://www.youtube.com/watch?v=7Qqtqj1odfw
sábado, maio 05, 2012
O que chegámos a ser
domingo, abril 22, 2012
O mundo inteiro
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Borboleta invisível
Via-te pousar com leveza no fundo daquela rua com cheiro a mar. O vento era frio e eu começava a gostar de saber que todos os dias iria olhar para o semblante azul que morre na areia da vida. Havia poucas gentes naquela foz. E estava Sol. Um Sol de Inverno, saboroso, o que mais gosto de sentir e tactear. Continuava a perseguir-te com o olhar. E via o rumo que levavas. Era-te tudo favorável e as nuvens longe apareciam. Não estavam muito carregadas e quando chegassem, depressa azulariam. Era nisto que acreditava e, eu sei, que sonhava.
Inesperadamente, Deus quis que aquela borboleta branca desaparecesse do meu olhar. Não me distraí com nada: absorvia tudo em igual proporção; simplesmente, ela parece se ter tornado invisível. Procurei-a enquanto caminhava a ouvir os passos do mar. Perguntei a quem por mim se cruzava se a tinham visto e ninguém a conhecia. Só eu e aqueles que em mim acreditavam.
Com a inocência dos dias, comecei a ponderar a existência da transparência também nas borboletas. Elas tornam-se invisíveis quando percebem que alguém as quer muito admirar. Se essa vontade perdurar, ela acaba por aparecer de novo e perde a sua capacidade de se metamorfosear. Se tal acontecer, ela permanecerá para sempre junto de quem a quer com as suas asas brancas a bater palmas e a sua voz a parafrasear não desistas.
Ainda não a voltei a ver. Mas oiço o bater das suas asas e a sua voz. Por agora também me encontro invisível.
P.S. Lord... Hold my hand...
sábado, janeiro 21, 2012
Sem fim
Não sei que mãos são estas. Que ainda procuram um sonho no entardecer. A queima da luz dilacera-se cá dentro, num sempre que ainda não sei. Sei que está escuro e não é só lá fora neste céu sem Lua. Sei que ainda vagueio em significados que agora me parecem perdidos e sem qualquer nexo neste raciocínio natural. Já não sei o que houve, quem houve, como houve, se houve. Perdi-me nas minhas próprias teias naif, nos meus próprios acessos ao mundo que idealizo. Perdi-me para quem sabe me encontrar. Para saber o que quero, quem quero, como quero, se quero.
Talvez apenas queira que as minha mãos sejam um museu próprio capazes de pintar auto-retratos. Não há beleza maior do que saber conhecer-se e gostar de se pintar. Talvez apenas queira ficar a contemplar o que em mim me abraça neste silêncio eterno e sem fim. O infinito sempre me encantou.
* We are god of stories... http://www.youtube.com/watch?v=jZhQOvvV45w
sábado, janeiro 14, 2012
The Lady
Não quero ser uma cópia tua, mas quero ser igual a ti na minha autenticidade. Quero ser resiliente como tu. Quero saber procurar a minha liberdade na opressão. Quero saber ler os eméritos e aprender com eles uma nova linguagem. Quero ser poucas palavras, mas quero ser palavras que perdurem. Quero ser o teu silêncio e a música do teu piano na ignorância de tantos. Quero não ter medo de atravessar espingardas apontadas à minha razão. Quero ter a tua fé no ser humano. Quero ser igual a ti a amar o que me é dado, os que fazem parte de mim e aqueles que acreditam igualmente neste Amor. Quero ser as tuas lágrimas de saudade. Quero ser os teus sorrisos de bem. Quero ser um abraço apertado de distância com desejos que o fim comum será alcançado. Quero saber estar presente, sem o estar. Quero ter flores no meu cabelo e deixar que o seu perfume evada até aos céus. Quero ser a tua simplicidade na complexidade dos que não a compreendem. Quero ser o teu sonho de um mundo de paz.
Tu, uma "orquídea de aço" e eu, un coquelicot Rouge.
P.S. *E, tu, que flor queres ser?
*Porque a música que entoava era a sua liberdade...http://www.youtube.com/watch?v=NgQUBecM7OM&feature=youtu.be